terça-feira, 25 de junho de 2013

Não é sobre amor. é sobre você.

Caminho devagar em direção a escadas e deparo-me com uma antiga paralisia.
Adoeço calçando meus velhos tênis de corrida.Não me movo enquanto aquela nossa música não para de tocar.
Keep me in mind.
Você SOCORRISTA. Você salva-vidas. Eu afogado. Afogo-me com ar, tintas e clichês.
Eu, não Ofélia, afogo feito pedra que não dá leite.
Afundo-me escutando sua voz grave que ainda escorre por todos os meu cantos

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Amor proparoxítona (4)

O que queria era da des-ordem do desejo, do campo vasto da palavra. Não era preciso ensinar-lhe fonemas, ou pronomes:
o que queria era muito mais simples. era sua língua roçando e destruindo qualquer figura de linguagem. Não queria metáforas, queria seu pau ali dentro.
Seu gemido maladroit.
Assim, onde a fala é também grunhido, os dois desaprendiam seus próprios corpos.