sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Para não me levar a lugar nenhum

Aprendi contigo o sentido etimológico da palavra seduzir e por isso ali,naquele exato ponto, cotidiano, de ônibus (a seu pedido coloco elementos urbanos em meus textos) não deixei-me conduzir. Paralisei-me por instantantes.O tempo justo de perceber a falácia de um discurso que deseja apenas admiração, que seduz. Estanquei-me. Meu sorriso, que até ontem era de uma sinceridade infantil coagulou como sangue de animal que morre.

Não deixei-me conduzir-me. Não preciso que me navegues, e meu desejo, era que partisse longe com seu barco, pois sabia (ainda a seu pedido, coloco um clichê em um texto meu)-

pressinto que seu barco é furado.Parto para minha minha casa com meu pequeno bote salva vidas.

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