Aprendi contigo o sentido etimológico da palavra seduzir e por isso ali,naquele exato ponto, cotidiano, de ônibus (a seu pedido coloco elementos urbanos em meus textos) não deixei-me conduzir. Paralisei-me por instantantes.O tempo justo de perceber a falácia de um discurso que deseja apenas admiração, que seduz. Estanquei-me. Meu sorriso, que até ontem era de uma sinceridade infantil coagulou como sangue de animal que morre.
Não deixei-me conduzir-me. Não preciso que me navegues, e meu desejo, era que partisse longe com seu barco, pois sabia (ainda a seu pedido, coloco um clichê em um texto meu)-
pressinto que seu barco é furado.Parto para minha minha casa com meu pequeno bote salva vidas.
blog criado para compartilhar palavras, desejos, imagens, movimentos...Um blog de " " e de confissões. Um pouco de mim e de outros...
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Corpo de vidro
Pediu insistentemente para ser suportado, mas as mãos que o portavam eram lisas e temiam enormemente a possibilidade de contato, temiam a sensação de retorno.
Transparente como vidro, mudo de pessoa. Não era ELE quem pedia, era EU - não há personagens. há situações que se repetem, que se enfincam.
RECOMEÇO.
Pedi insistentemente para ser suportado, pressentia o risco do estilhaço, mas o embaço, palavra grotesca, perturbava meus olhos. Arrisquei-me a falar, e há qualquer coisa na voz que é vidro também. A voz treme, e dos meus olhos jorraram água e areia.
Cobri meu corpo de areia. Deixei os olhos expostos, justo para ter a clareza de que voce realmente partira.
Parti-me. Meu corpovidro estilhaçado, meus olhos míopes sem lentes tombaram. Toda queda é uma pequena morte, uma espera.
Ali, esperava apenas minhas lentes, ou um pedaço de vidro que me fizesse olhar aquilo que deixei escapar.
Transparente como vidro, mudo de pessoa. Não era ELE quem pedia, era EU - não há personagens. há situações que se repetem, que se enfincam.
RECOMEÇO.
Pedi insistentemente para ser suportado, pressentia o risco do estilhaço, mas o embaço, palavra grotesca, perturbava meus olhos. Arrisquei-me a falar, e há qualquer coisa na voz que é vidro também. A voz treme, e dos meus olhos jorraram água e areia.
Cobri meu corpo de areia. Deixei os olhos expostos, justo para ter a clareza de que voce realmente partira.
Parti-me. Meu corpovidro estilhaçado, meus olhos míopes sem lentes tombaram. Toda queda é uma pequena morte, uma espera.
Ali, esperava apenas minhas lentes, ou um pedaço de vidro que me fizesse olhar aquilo que deixei escapar.
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